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7 de março de 2011

O Bloco do Liceu.

Ôba! Chegou o Carnaval, uma semana inteira em casa, sambando , dançando, curtindo...
Eu, Fabrício, simplesmente A-M-O Carnaval. Não é porque nessa época do ano todo mundo se "pega", até porque eu tenho uma namorada e sou muuito fiel a ela!
Eu sou apaixonado por Carnaval porque é uma época festiva, de alegria, de comemoração.
Todo mundo me conhece como "o menino do trio" porque onde passa bloco ou trio elétrico eu vou atrás. Eu tive a "sorte" de estar estudando na véspera do Carnaval, os professores estavam revoltados, eu mais ainda! Ouvia o barulho dos blocos passando na rua e me segurava para não pular a janela e ir atrás.
Já estava impaciente, tinha feito até promessa pro sinal bater mais rápido, quando enfim o sinal tocou todos saíram correndo, eu fui junto. Parei na "maquininha" para recarregar o riocard, não estava funcionando. Fui na outra e estava com o mesmo problema. Resolvi ir no pátio para poder recarregar. Chegando lá eu vi um grupo de pessoas fantasiadas em volta de algumas mesas com alguns professores - que eu nunca havia visto. Cheguei perto de um professor e perguntei:

- Vai haver um bloco? É isso mesmo?

Meus olhos saltavam de alegria. O professor me olhou de cima a baixo e comentou com outra professora:

- Acho que nossa atração chegou.

A professora sorriu maliciosamente e me olhou. Ela estava vestida de cadáver, na verdade todos estavam, mas eu nem liguei; era C-A-R-N-A-V-A-L!
O professor mandou eu me sentar, eu recusei e começamos a cantar marchinhas.
Comecei a dançar com os outros alunos, eles eram estranhos, vestidos de mortos, deduzi que só podiam ser da tarde.
O tempo passou e eu escutei um trio elétrico passando na rua. Nenhum "bloquinho" de escola supera um trio. Peguei minha mochila e comecei a andar em direção a porta. De repente os alunos começaram a me fechar num círculo. Quando, enfim, o círculo se fechou eu fiquei sem saída. Pedi licença, mas eles não abriram caminho. O professor entrou na roda, ainda tocando viola, e perguntou:

- Onde você pensa que vai? Nosso show ainda não terminou!

Olhei com jeito debochado, dei um risinho e tentei sair novamente, desta vez ele segurou a viola com uma só mão e me puxou com a outra. Me assustei com a agressividade e abaixei meus olhos para a viola, por um momento eu vi o rosto, triste, de uma pessoa e das cordas da viola eu escutei um foge!
Sacudi a cabeça e olhei para o professor que ainda segurava meu braço. Ele disse, em tom amigável:

- Você gosta do Carnaval?
- Sim, gosto muitíssimo! - respondi.
- Gostaria de ficar nele para sempre?

Não pensei na pergunta do professor e fui logo respondendo:

- Adoraria!

Todos começaram a rir juntos, eu comecei a ficar confuso e o professor enfim falou:

- Não se esqueça que foi você que pediu!

Me senti incomodado, parecia que eu não conseguia me mexer, e de repente alguém me pegou com ambas as mãos, eu tentei gritar, mas da minha boca saiu música! Eu havia me transformado num pandeiro e percebi que eles não estavam fantasiados de mortos, eles estavam mortos e faziam o Carnaval durar 365 dias, por ano!
E eu? Bom, eu serei obrigado a "tocar" sempre que eles quiserem. E além disso tudo eu ainda toco no verdadeiro "Bloco do Liceu", lá eu sou o pandeiro de Alair.

Se alguém lhe perguntar: "Você gosta de Carnaval ?"
Corra, corra muito! A não ser que queiras virar um instrumento musical (...)

Giullianna Drukleim.

2 comentários:

  1. HUSHAHSAUHSHASUHAHUSAUHSB perfeitoooo.
    Pandeiro de Alair foi temso

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  2. Anônimo6/5/11

    kkkkkkkkkkkk ela é minha proff esse ano e eu a vi tocando pandeiro kkkkkkkkk ótimo!

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