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15 de fevereiro de 2010

O IMORTAL

Prova de Paulo Roberto...
Estávamos todos tensos, torcendo para que ele não mudasse a prova, colocando as respostas na mesa e pedindo a Deus que ele não visse.
Em dias assim, coisas estranhas acontecem.
Ele daria a prova na terça-feira, segundo ele a prova era diferente de todas que ele já havia dado; isso nos preocupou muito...
Arquitetamos um plano para conseguir essa prova, mas, primeiro teríamos que convencê-lo a adiar a prova.
Essa parte não foi muito difícil, conversamos com a turma e ficamos inventamos perguntas até que o sinal tocar, anunciando que a aula terminara.
O professor ficou um pouco nervoso, e avisou que a prova seria no dia seguinte; era tudo que precisávamos.
Quando ele saiu da sala estava carregando as provas ainda na mão e eu estava com um bloco de folhas brancas, soltas em cima do fichário.
Ele ainda estava na porta quando Melissa foi correndo ao encontro dele e começou a conversar enquanto isso eu estava atrás dele com o bloco de folhas brancas e fingi que havia caído derrubando não só as minhas folhas como as dele também, Júlia correu para me ajudar e Melissa levantava o professor enquanto eu pedia desculpas e recolhia as minhas folhas e junto com elas peguei uma das provas, misturei-a em meio ao bloco de modo que ele não percebesse e fui para o pátio.
As meninas vieram logo após e fomos direto para o banheiro, lá poderíamos conversar em paz.
Quando chegamos ao banheiro eu comecei a procurar pela prova, todas estavam apreensivas e quando eu achei fizemos uma festa!
Corremos para a loja que tira xérox, e fizemos duas cópias, a original ficou comigo.
Estudamos aquela prova como loucas e no dia seguinte sabíamos tudo de cor.
Quando Paulo Roberto entrou em sala notamos que ele estava diferente, mas, não sabíamos explicar onde estava tal mudança, ele parecia mais, mais vivo.
Ele entregou as provas e parecia não saber o que havíamos feito, fomos as primeiras a acabar, mas, ele pediu para que ficássemos em sala, pois, queria conversar conosco.
Ficamos por mais de meia hora e mesmo assim ainda restavam 5 alunos fazendo a prova, pedi para ir ao banheiro e depois de muita insistência ele deixou, no caminho me deparei com duas velhas conversando, uma delas disse o nome de Paulo Roberto, parei no canto da parede para escutar o que elas diziam:
- Ele disse que só precisa de mais três almas para se tornar imortal.
- Mas, e aquelas meninas que roubaram a prova?
- Mas, as almas serão delas. Não tenho dúvida. E quando ele conseguir roubar a alma delas, ele poderá ser o novo diretor do Liceu e toda a escola terá que obedecer as suas regras...

Não acreditei em nenhuma palavra do que elas disseram, para mim eram duas velhas loucas.
Voltei para a sala, Melissa e Júlia já estavam sozinhas com o professor, ele mandou que eu me senta-se e começou a andar de um lado para o outro.
De repente ele começou a falar:
- Eu sei o que vocês fizeram ontem, roubaram uma das provas. Acho que vocês merecem uma punição.
Comecei a me lembrar das duas velhas conversando: “e aquelas meninas que roubaram a prova”. “Ele irá roubar a alma delas".
Uma sensação de que algo de muito ruim iria acontecer tomou conta de mim, despertei dos meus pensamentos quando ele me chamou:
-... Não acha Ana?
- Desculpe professor, não ouvi direito - respondi.
- Estava dizendo que na minha opinião vocês três merecem um castigo.
- Castigo? Não pode simplesmente nos dar zero?
- Não, seria muito pouco. E além do mais, vocês poderiam tentar me roubar novamente. Prefiro exterminá-las de vez.
Ele se virou e abriu a sua pochete, nos entreolhamos com expressão de medo. Queríamos correr, mas, não tínhamos força para isso. O medo já havia tomado conta da gente.
Quando ele se virou novamente, estava com um tipo de lanterna na mão, e a luz que saia dela era incrivelmente brilhante.
- Olhem, olhem para o brilho da luz - ele dizia.
Algo dentro de mim me mandava fechar os olhos, reagir e foi exatamente isso que eu fiz.
Quando balancei a cabeça pude ver uma fumaça branca que saía da boca de Melissa e Júlia, e essa fumaça ia direto para o nosso professor.
Ele não percebeu que eu não estava mais olhando para a luz, estava muito ocupado recebendo a "fumaça".
Comecei a me lembrar de sobrenatural, "o que o Dean faria? O quê?"
Como que por milagre eu me lembrei do sal, o Dean sempre usava sal para matar os espíritos ou seja lá o que fosse.
Comecei a procurar e achei um pequeno sache, eu sempre levava comigo pro caso da minha pressão abaixar, eu abri o saquinho e joguei na cara dele.
Ele me olhou e riu de forma maléfica.
- O sal só funciona na TV, querida.
Eu abri outro saquinho sem que ele visse e dessa vez joguei nos olhos dele. Acertei em cheio e comecei a correr, ele deixou a "lanterna" cair e Melissa e Júlia puderam despertar do transe.
Eu corria por toda a escola, mas, eu ainda era nova e não conhecia nada praticamente, só o banheiro.
Corri para lá e me escondi em cima de uma barra de ferro que há numa das portinhas.
Fiquei ali por algum tempo, foi quando comecei a escutar passos.
Ele estava lá.
- Vamos, saia daí. Eu sei que você se escondeu, só não entendo o porquê. Está com medo de mim?
Quanto mais ele se aproximava mais nervosa eu ficava, quando ele chegou bem perto da porta onde eu estava escondida, recuou e eu novamente pude ouvir a voz de uma das velinhas que havia visto mais cedo:
- Você a perdeu de vista? - perguntava a velha - inútil! Não consegue domar uma simples menininha.
- Mas, ela jogou sal nos meus olhos, eu tive que largar a lanterna e correr atrás dela.
- Então a procure, com certeza ela não foi muito longe.
Os passos começaram a ficar distantes e quando tudo ficou quieto a ponto de ouvir as batidas do meu próprio coração resolvi que já era hora de sair daquele banheiro e correr, correr o mais rápido possível.
Eu saí do banheiro no mais absoluto silêncio, não haveria como ele ouvir. Mas, ele já sabia onde eu estava; aquilo era uma armadilha!
Quando me dei conta do perigo que estava correndo já era tarde demais, a velha segurava os meus braços com uma força sobrenatural enquanto ele roubava minha alma.
No dia seguinte a escola estava tomada por "alunos zumbis" e eu estava entre eles.


Daquele dia em diante Paulo Roberto seria o nosso diretor.

Para sempre!


De: Giullianna Drukleim

6 comentários:

  1. Anônimo25/2/10

    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Beatriz2/7/10

    Paulo Roberto diretor ? Cruuuuuzes Q

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  3. Anônimo19/8/10

    A PIOR. LITERALMENTE RIDÍCULA.

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  4. Giullianna Drukleim27/8/10

    Você que disse que o conto era ridículo, escreva um melhor e nos mande!
    Pois, para falar mal é preciso ter capacidade de fazer melhor!

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  5. Anderson - 1004 manhã31/12/10

    Concordo,Giullianna Drukleim,adorei a historia kkk.
    Ainda bem que são contos pq Paulo Roberto como diretor ninguem merece né uashuas

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  6. Anônimo5/6/14

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK , MITICO ESSA !

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